Pastoral da Catequese

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

            “Bem cedo, se chamou catequese ao conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens acreditar que Jesus é o filho de Deus, a fim de, pela fé, terem a vida em seu nome, e para os educar e instruir nessa vida, construindo assim o Corpo de Cristo”.[1]

            “A catequese é uma Educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, que compreende especialmente o ensino da doutrina cristã, ministrado em geral de um modo orgânico e sistemático, em ordem á iniciação na plenitude da vida Cristã”[2]

            A Catequese é toda querigmática (anunciadora), em que os catequistas são testemunhas da fé. Ela se insere na experiência comunitária da fé na dimensão redescoberta e valorizada pelo Concílio Vaticano II. Não se trata apenas de uma caminhada individual; na catequese é a Igreja – Comunhão que vive, se exprime, que cresce e caminha ao encontro de Jesus Cristo.

            A Catequese insere-se no dinamismo da vida Cristã, concebida como um caminho a percorrer, uma peregrinação. Desde o início estaremos todos a caminho, até ao fim, aprendendo uns com os outros, fortalecendo-se mutuamente. Só uma catequese concebida como caminhada, evita a visão da catequese “currículo” a cumprir, sublinha dimensão catecumenal, porque o Baptismo é o início do caminho, presente como força inspiradora em todas as etapas, só uma catequese assim concebida integrará todas as dimensões da vida cristã, não se limitando a uma aprendizagem. Ela envolverá, necessariamente, de uma forma ou de outra, todos os participantes. Actualmente, muitos pais, ao inscreverem os filhos na catequese, é como se lhes dissessem: faz essa caminhada, mas nós ficamos de fora, não vamos contigo. E os pais nunca deveriam lançar os filhos numa caminhada que eles não querem ou não possam percorrer com eles.

Uma catequese centrada na pessoa de Jesus Cristo vivo na Igreja, que é a comunidade com quem Ele caminha. Neste mundo, tantas vezes cansado e desiludido, só uma pessoa nos salvará, pelo amor. E a pessoa cujo o amor transforma nossa vida chama-se Jesus Cristo. Ele tem de estar no Centro de todas as etapas da catequese, porque esta insere-se numa caminhada e Ele irá sempre connosco.

 

 

FINALIDADE

 

Tem como busca incessante de conhecer melhor a pessoa de Jesus Cristo que se manifesta de forma plena na comunidade. A formação Cristã das crianças e jovens da nossa comunidade.

            Unirmos a Jesus Cristo por uma vida de fé e amor, alimentada pela oração, pela aprendizagem e partilha da Palavra de Deus, podendo ir crescendo, cada dia, como filhos de Deus e assim «sermos conforme à imagem do Seu filho» (Rm 8,29). Esta é a nossa finalidade; esta é a nossa vocação cristã.

 

OBJECITVOS GERAIS

 

 

Despertar o interesse e a consciencialização dos catequizandos como membros activos e de pertença á Igreja, bebendo da fonte do Evangelho, apresentado pela doutrina e tradição da Igreja de Jesus Cristo.

“A catequese integra um certo número de elementos da missão pastoral da Igreja, que contêm um aspecto da catequese, a preparam ou dela derivam: anúncio do evangelho ou pregação missionária, para suscitar a fé; buscar as razões de acreditar; experimentar a vida cristã; celebrar os sacramentos; integrar na comunidade Eclesial, o testemunho apostólico e missionário”[3].

 

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 

- A vivência da Palavra através dos encontros da catequese, na tentativa de a colocar na prática da vida.

- Ressaltar a Caridade como ponto fundante da Fé Cristã;

 

 

 

 

CRITÉRIOS PARA SER CATEQUISTA

 

 

Admissão do catequista:

Os candidatos a catequistas devem ter um limite de idade de 16 anos no mínimo, crismados, coerentes, responsáveis, com amor à Igreja, pessoas de fé, com vivência cristã, sentimento de pertença à Igreja e participação activa na comunidade. É de primordial importância que os novos catequistas tenham um primeiro encontro com o Pároco.

 

Perfil do Catequista:

O catequista deve ser acolhedor, amigo, solidário, respeitador, atencioso aos catequizandos. É aquele que sabe ouvir e aceitar as diferenças de cada um; é atento ao ritmo de cada criança, bem como a realidade familiar em que vivem, ou seja: o catequista é um amigo mesmo durante a semana.

Deve ser um profeta de alegria e esperança, o que anuncia e celebra a fé em e na comunidade. Promotor de comunicação e comunhão. Um cristão de fé adulta; testemunho da Ressurreição.

É uma vocação laical de toda a Igreja

 

Formação do Catequista:

O catequista deve estar disponível a participar dos encontros promovidos a nível paroquial e diocesano.

Encontros mensais – formativos e informativos – de catequistas com o Pároco.

“A Instrução catequética que se oriente a fazer com que a fé, ilustrada pela doutrina, se torne viva, explícita e operosa nos homens, seja cuidadosamente ministrada quer às crianças e aos jovens, quer até aos adultos: procurem que esta instrução seja dada segundo a ordem e o método que mais convém não só à matéria de que se trata mas também à índole, capacidade, idade, e condições de vida dos catequizandos, e que se baseie na Sagrada escritura, na Tradição, na Liturgia, no magistério e na vida da Igreja.

Os catequistas devem se preparar devidamente, adquirindo perfeito conhecimento da doutrina da Igreja e aprendendo teórica e praticamente as leis psicológicas e as ciências pedagógicas”.[4]

 

Espiritualidade do Catequista:

 

O catequista é antes de mais um discípulo de Jesus Cristo e por isso deve estar atento ao Mestre:

- Na Oração;

- Na Fracção do Pão;

- Na Vivência Cristã;

- Na União Fraterna;

- Na Caridade (atento aos necessitados);

- Na intimidade com Deus.

- Visitas ao Santíssimo, serão aos domingos a tarde em consenso com a maioria dos catequistas.

 

METODOLOGIA

 

Métodos utilizados:

Para anunciar a doutrina cristã, os catequistas devem se esforçar para utilizar os vários meios que a Igreja dispõe actualmente: 

- Expositivo (por parte do catequista);

- Empírico (saídas a campo, celebrações, encontros dinâmicos).

- Participativo (por parte dos catequizandos – exposição, confecção de cartazes, trabalhos de grupo, participação activa, música);

- Audiovisuais (projector, televisão, etc);

- Encontros semanais de duração de uma a uma hora e meia no máximo.

 

 

A RESPONSABILIDADE DOS PAIS

 

            Os pais devem olhar os seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas. Educam os seus filhos a cumprir a Lei de Deus, na medida em que eles próprios se mostrem obedientes à vontade do Pai dos Céus.

            Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos. Testemunham esta responsabilidade, primeiro pela criação de um lar, onde são regra a ternura, o perdão, o respeito a fidelidade e o serviço desinteressado. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes, a qual requer a aprendizagem da abnegação, de critérios sadios, do autodomínio, condições da verdadeira liberdade. Os pais têm a grave responsabilidade de dar bons exemplos aos filhos. Sabendo reconhecer diante deles os próprios defeitos, serão mais capazes de os guiar e de os corrigir.

            Pela graça do sacramento do Matrimónio, os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os filhos. Desde a primeira idade devem iniciá-los nos mistérios da fé, de que são os “primeiros arautos”. Hão-de associá-los, desde a sua mais tenra infância, à vida da Igreja. Os modos familiares de viver podem alimentar as disposições afectivas, que durante toda a vida permanecem como autêntico preâmbulo e esteio duma fé viva.

            A educação da fé por parte dos pais deve começar desde a mais tenra infância. Faz-se logo quando os membros da família se ajudam a crescer na fé pelo testemunho duma vida cristã, de acordo com Evangelho. A catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamento da fé. Os pais têm a missão de ensinar os filhos a rezar e a descobrir a sua vocação de filhos de Deus. A paróquia é a Comunidade Eucarística e o coração de vida litúrgica das famílias cristãs; é o lugar privilegiado da catequese dos filhos e dos pais.[5]

 

 

 

REGULAMENTO DA CATEQUESE

 

 

 

Aos 18 dias do mês de Agosto de 2010, reuniram-se na Igreja Matriz de Vila Nova, o senhor Pe. Francisco, junto com os catequistas, para planear o ano catequético, tendo sido elaborado o Regimento Interno da Catequese, que tem como objectivo, esclarecer toda a organização da catequese para posterior consulta.

Tudo o que nele estiver assente, será cumprido na íntegra pelos catequistas, catequizandos e seus pais.

            Este regulamento foi aprovado por unanimidade, entrando em vigor no ano catequético de  2010/2011.

 

 

 

Objectivo do regulamento

 

 

Este regulamento surge para organizar o ano catequetico, para que todos os catequistas trabalhem em união de consenso.

Uma catequese mais organizada, para melhor formação de Cristãos plenos e abertos à vontade de Deus.

Para maior respeito seriedade e valor às “coisas” que são de Deus.

 

 

Capitulo I

Inscrições

 

 

As inscrições serão feitas para todos os anos de catequese, na (no) início do ano caquéctico, com o catequista respectivo. No acto da inscrição será entregue o Regulamento da Catequese aos pais dos catequizandos, bem como serão informados de todo o regulamento, para que assim façam a inscrição de seus filhos conscientemente, ficando ao critério dos pais inscrever ou não o seu filho, comprometendo-se assim com o Regulamento.

 

 

Capitulo II

Início e termo da catequese

 

 

1º- A catequese, terá o seu início no dia 18 de Setembro de 2010 e Término no dia 4 de Junho 2010.

 

Nota: estas datas poderão sofrer alterações, na eventualidade de surgir algum imprevisto.

 

 

Capitulo III

Avaliação

 

           

A avaliação do catequizando será feita com base em alguns critérios:

 

 

1º - Avaliação do comportamento:

 

A avaliação do comportamento do catequizando deve ter em conta a sua personalidade, bem como o seu agregado familiar.

O catequizando é avaliado no seu modo de estar na catequese e missa individualmente, junto com o seu grupo e com o catequista.

 

2º - Avaliação da aprendizagem e interesse:

 

O catequizando será avaliado pelo conhecimento adquirido, bem como o interesse que demonstra.

 A avaliação da aprendizagem, deverá respeitar a capacidade de assimilação do catequizando;

O teste de avalização variará com base nesta assimilação.  

 

3º - Auto avaliação

 

Neste tipo de avaliação, o catequizando faz a sua avaliação, e é avaliado pelo grupo de catequese.

É avaliado o comportamento do catequizando no grupo: o respeito, a educação, o relacionamento para com os colegas e catequistas.

 

Capitulo IV

Assiduidade

 

 

1º - Registo de assiduidade/ausências

A assiduidade é registada pelo catequista, em mapas de assiduidade próprios. Neste mapa serão registadas as ausências e assiduidades na catequese e Santa Missa; o porquê da falta e assinado pelo catequizando.

 

2º - Limite de faltas

O número limite de faltas que o catequizando pode ter como tolerância, é de oito faltas injustificadas durante todo o ano, podendo administra-las como convier. Os pais devem ser notificados quando o filho (a) atingir 75% de faltas (quando de facto não houver condições).

 

3º - Faltas justificadas

São justificadas as faltas por doença, por dia de temporal, por falecimento de familiares, por participação em Retiros-Encontros, acampamentos dos Escuteiros (mediante a lista apresentada por esta entidade) e as ausências por participação em celebração de Sacramentos quer seja na freguesia ou fora dela.

 

 

Capitulo V

Suspensão da catequese e Missa

 

 

1º - Catequese

A catequese é suspensa nas circunstâncias descritas no ponto três do capítulo IV

 

2º - Missa da Paróquia,  para participação em outras freguesias

Ocorre em festas religiosas: Natal, Páscoa, Pentecostes. E em casos especiais como: Sacramentos: (casamento; baptizado; crisma; primeira comunhão); funeral; retiro-encontro.

 

           

Capitulo VI

Material didáctico

 

 

            O material didáctico da catequese, Bíblia, livro da catequese, sebenta, esferográfica e outros que o catequista poderá eventualmente pedir, deve acompanhar sempre o catequizando.

            A falta constante de material leva a que o catequizando seja advertido por três vezes, se este problema persistir, então á quarta vez de aviso, será marcada falta de presença ao catequizando.

 

Capitulo VII

Reuniões de pais

 

 

O encontro com os pais deverá ser feito trimestralmente, sendo:

            1ºencontro: em Dezembro

            2ºencontro: em Março

            3ºencontro: em Maio

            Nos encontros serão lidos reflectidos e partilhados temas de envergadura Espiritual e de Educação Moral, seguindo-se a avaliação dos filhos na catequese, estes encontros serão presididos pelo Sr. Padre Francisco e participados pelos catequistas correspondentes.

            Para casos com alguma problemática que não sejam conveniente discutir naquele encontro, o catequista deve marcar outro encontro com os pais em questão.

 

 

 

            Vila Nova, 18 de Agosto de 2010.

 

 

 

O Pároco

Pe. Francisco Dâmaso Zanon

 

 

 

 


 

PARÓQUIA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DE VILA NOVA

CALENDÁRIO DA CATEQUESE 2010/2011

MESES

1ª SEMANA

2ª SEMANA

3ª SEMANA

4ª SEMANA

5ª SEMANA

SABADO

SABADO

SABADO

SABADO

SABADO

SETEMBRO

 

INÍCIO - 18

25

 

 

OUTUBRO

2

9

16

23

30

NOVEMDRO

6

13

20

27

 

DEZEMBRO

4

11

18

Natal

 

JANEIRO

Ano Novo 2011

8

15

22

29

FEVEREIRO

5

12

19

26

 

MARÇO

5

12

19

26

 

ABRIL

2

9

Véspera dos Ramos

Sábado de Aleluia

30

MAIO

7

14

21

28

 

JUNHO

TERMINO-4

 

 

 

 

LIMITE DE FALTAS

O número limite de faltas da catequese e missa é 8 (oito)

SÃO JUSTIFICADAS

As ausências do catequizando descritos nos capítulos IV e V do Regulamento

SÃO SUSPENSOS

Os encontros de catequese descritos nos capítulos IV e V do Regulamento

A SANTA MISSA

Dos catequizandos é ao sábado. A saber:

Do 1º ao10º ano ás 17H30 horas

AVALIAÇÃO

No final de cada período (Dezembro; Março e Maio), os pais deverão procurar os respectivos catequistas para serem informados do desempenho e aprendizagem de seus filhos na catequese.

DEVER DO BOM CRISTÃO

Guardar Domingos e Festa de Guarda (3º mandamento da Lei de Deus)

ENCERRAMENTO

No dia 4 de Junho (Sabado)


 



[1] (Cf. João Paulo II, CT(catequese tradentae) 1; 2)

[2] (Cf. CT (catequese tradentae) 18)

[3] Cf. CEC,6

[4] Cf CEC, 14

[5] Catecismo da Igreja Católica, nº 2222 a 2226

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